Com o tempo desocupado e as horas de sono um bocadinho trocadas, tive pela primeira vez oportunidade, paciência e capacidade de vigília que me permitissem ver a cerimónia de entrega dos Oscares. Paralelamente aos comentários acerca dos modelitos - sim porque é impossivel ignorar o tapete vermelho, por onde desfilaram duas dúzias de meias de leite, papoilas saltitantes, a sócia da Marge Simpson, uma azeitona oliveira da serra e outras quantas dominadoras do mundo da alta costura, lá fomos acompanhando as entregas dos prémios... que este ano foram bem baralhadinhos e distribuídos equatitativamente (ok ok o Spielberg foi para casa de cabeça caída...).
Verdade é que não me recordo de um ano com tantos filmes dignos de serem vistos e recordados.
Tal qual vitima dos media hoje fui alugar o Crash, que me tinha escapado nos longos meses em que esteve no cinema e agora também em dvd até ter atingido aquele patamar de prenda embrulhada deixada na árvore para lá do natal. Acabei de o ver. Mais um BOM filme. MUITO BOM filme. Tal como o é o Fiel Jardineiro, o Segredo de Brokeback Mountain, As memórias de uma gueisha, Match Point. Estilos diferentes, que nos levam também a profundidades distintas e de provocar diferentes reacções. O Crash tem talvez a capacidade de nos acertar em cheio no estômago, de fazer pensar, de incomodar. Não é com certeza um bom sonífero... mas dado o avançar da hora vou ter mesmo que me render à cama.